Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A secretária municipal de Educação do Rio, Claudia Costin, determinou o retorno às aulas, a partir da próxima segunda-feira (17), para 55% dos 662 mil alunos. Os demais só devem voltar uma semana depois, no dia 24. O recomeço das aulas estava originalmente marcado para o último dia 3. O adiamento ocorreu para evitar uma possível proliferação de casos de influenza A (H1N1) - gripe suína.A decisão foi tomada hoje (12) junto com o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann. Ele aconselhou que os estudantes das 1^a, 2^a e 3^a séries, assim como crianças de creches, permaneçam mais tempo longe das salas de aula, por causa do maior índice de óbitos verificado no município nessa faixa etária. Segundo Dohmann, das sete mortes de crianças ocorridas no Rio pela gripe suína, cinco foram de vítimas com menos de 9 anos de idade.“Elas [as crianças] têm um comportamento mais difícil de se controlar, mais propenso ao contágio. Então resolvemos estender o período de proteção por mais uma semana, até que tenhamos um cenário de um pouco mais de tranquilidade para a volta às aulas”, explicou Dohmann.Para amenizar o problema da falta de alimentação para as crianças que vão deixar de ir a creches e aulas de educação infantil, a Secretaria de Educação do município decidiu entregar leite a todas essas famílias, a partir de segunda-feira (17).“Os pais devem comparecer na creche pública em que a criança está matriculada e lá será entregue para as crianças de até seis meses uma lata de leite. As crianças de seis meses a três anos e meio receberão litro de leite. Se for até um ano, um litro, e daí em diante, dois litros para o consumo nesta semana em que ela não está na escola”, disse a secretária.Costin decidiu que as professoras e funcionárias grávidas só retornam no final do mês e determinou que os alunos gripados não devam ser enviados à escola.