Virgílio afasta possibilidade de acordo para manter Sarney na presidência do Senado

11/08/2009 - 16h57

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do PSDB,Arthur Virgílio Neto (AM), afastou qualquer possibilidade de opartido participar de um “acordão” para debelar a crise noSenado e manter o presidente José Sarney (PMDB-AP) no cargo. Oparlamentar tucano foi alvo de representação apresentada pelo PMDBao Conselho de Ética da por ter ter permitido que um funcionário deseu gabinete fosse morar no exterior e continuasse recebendo saláriosdo Senado e por ter recebido um repasse de US$ 10 mil do ex-diretorda Casa Agaciel Maia – afastado por seu envolvimento em supostasirregularidades - quando estava em viagem à França.O PMDB recorreu aoConselho de Ética do Senado depois que a bancada tucana encampou asdenúncias feitas por Virgílio contra Sarney ao colegiado eencaminhou uma representação partidária. A representação contrao senador amazonense foi lida em plenário pelo líder do PMDB, RenanCalheiros (AL), na semana passada, e provocou um bate-boca entre elee Tasso Jereissati (PSDB-CE).Desde a manhã, ospeessedebistas se reúnem com senadores de outros partidos paraavaliar a situação da Casa. Num café na residência do presidentedo PSDB, Sérgio Guerra (PE), alguns senadores - entre eles,Virgílio, Cristovam Buarque (PDT-DF) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE)-, conversaram sobre o assunto. Após o encontro, Buarque afirmou que“a tropa de choque” de Sarney não deixou qualquer alternativa derecuo por parte dos defensores do afastamento dele da presidência daCasa.Nesta tarde, Jereissatifará um discurso em plenário sobre a crise no Senado. “Será umpronunciamento ponderado, de alto nível e sem agressões”, afirmouo líder do PSDB. Ele acrescentou que os tucanos também procurarãoa bancada do PT para conversar, uma vez que o partido será o fiel dabalança na votação dos recursos que decidirão sobre o andamentodas investigações contra Sarney no Conselho de Ética.