Índice que reajusta aluguel mantém trajetória de queda na primeira prévia do mês

11/08/2009 - 1h08

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou queda de 0,68% na primeira leitura de agosto, segundo levantamento divulgado hoje (11) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Na primeira prévia de julho, a redução foi de 0,23%. No ano, o índice acumula queda de 2,33% e nos últimos 12 meses, de 1,02%.Usado como referência para reajustes de aluguel, o IGP-M reflete a redução dos preços por atacado, cuja taxa ficou em –1,09%, abaixo da verificada na primeira apuração de julho (–0,48%). Os bens finais apresentaram redução de 0,34% para –1,02%, com a contribuição de alimentos processados, cuja taxa caiu de 2,78% para –2,53%. Puxados pela alta de preços de combustíveis e lubrificantes para produção, os bens intermediários apresentaram deflação de 0,09%, ante –1,25%. As matérias-primas brutas acentuaram a trajetória de redução de preços, registrando queda de –2,81% contra –0,35% do mês de julho, com influência do minério de ferro (de –2,29% para –20,77%), soja (de –1,44% para –5,97). Entre os produtos que ficaram mais caros, os destaques são café (de –5,34% para 0,46%) e arroz em casca (de –2,98% para 4,8%).O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou variação de 0,01%, inferior à verificada na primeira prévia do mês passado (0,12%), com destaque para o setor de alimentos (de 0,14% para –0,48%). Ficaram mais baratos os laticínios (de 3,3% para 0,01%), além de hortaliças e legumes (de –3,18% para –4,87%).Os índices relativos aos demais grupos também apresentaram queda: saúde e cuidados pessoais (de 0,20% para –0,04%), vestuário (de 0,66% para 0,19%), despesas diversas (de 0,13% para –0,08%), com influência da queda de preços de medicamentos (de 0,24% para –0,73%) e roupas (de 1,20% para –0,10%).Para o consumidor, em contrapartida, subiram os custos com habitação (de 0,12% para 0,31%) e com transporte (de –0,07% para 0,34%). As maiores altas foram verificadas na tarifa de eletricidade residencial (de –0,57% para 2,07%), no álcool combustível (–3,08% para 4,93%) e nas passagens aéreas (de –0,26% para 2,78%).O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) reduziu o ritmo de alta na comparação com a primeira verificação de julho (0,49%) e subiu 0,30% nesta leitura. O custo da mão de obra aumentou 0,60%, ante 0,83%. A taxa de materiais, equipamentos e serviços passou de 0,17% para 0,02%.Para calcular a primeira prévia do IGP-M, a Fundação Getulio Vargas pesquisou preços entre os dias 21 e 31 de julho.