MST adota medidas preventivas contra gripe suína em acampamento no DF

10/08/2009 - 17h50

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fez um trabalho preventivo para evitar a disseminação de influenza A (H1N1) – gripe suína – no acampamento montado em Brasília. De hoje (10) até o dia 19, integrantes do MST e de outros movimentos ligados à Via Campesina estarão acampados na capital federal com o objetivo de cobrar os compromissos assumidos em 2005 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Fizemos um trabalho de orientação nos estados, a fim de evitar que pessoas com problemas de saúde saíssem de suas cidades e viessem para o acampamento de Brasília”, informou o integrante da Coletiva Nacional do MST, Ivan da Silva. “Claro que fizemos um trabalho voltado principalmente para a gripe suína”, completou.Segundo a integrante da Coordenação Nacional do MST Marina dos Santos, mulheres grávidas em estágio avançado também foram desestimuladas de participar do acampamento, que deve reunir trabalhadores rurais sem-terra de 24 estados. “Cada estado tem uma pessoa responsável pela saúde e elas foram orientadas a evitar a vinda de mulheres grávidas e de pessoas que estivessem com qualquer tipo de doença”, disse Marina, após participar de entrevista coletiva no acampamento, instalado ao redor do Estádio Mané Garrincha, em Brasília.Ela explicou que representantes do movimento se reuniram com autoridades locais do Distrito Federal, que consideraram “adequadas” as medidas preventivas adotadas. “Além disso, contamos também com o apoio de profissionais de saúde que já contribuíram com o MST”, acrescentou Marina.O MST cobra do governo federal o recadastramento imediato das 90 mil famílias acampadas no país; a atualização dos índices de produtividade, que servem de parâmetros para definir se as propriedades rurais são improdutivas; e o descontingenciamento dos R$ 800 milhões destinados ao orçamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).