Tiroteio na Rocinha adia campanha de prevenção à tuberculose na favela carioca

07/08/2009 - 21h19

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Uma campanha de conscientização ecombate à tuberculose marcada para amanhã (8) na favelada Rocinha, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, foi adiada porcausa do confronto entre policiais e traficantes da regiãoocorrido hoje (7).A Rocinha apresenta o maior índice detuberculose do país, chegando a 500 casos por 100 milhabitantes, mais de dez vezes a média nacional. A doençase propaga pelo ar e a contaminação nas favelas éfacilitada pela proximidade das pessoas e a pouca ventilaçãoentre as casas.A operaçãoda polícia que começou logo nas primeiras horas damanhã de hoje (7) provocou intensos tiroteios com os traficantes da favela eterminou com a apreensão de 500 quilos de maconha. Tambémforam apreendidas duas armas, duas granadas, 500 muniçõese 31 camisetas com inscrição da Polícia Civil.O objetivo dos quase 100 policiais militares, amaioria do Batalhão de Operações Especiais(Bope), era apreender drogas e checar denúncias de umcemitério clandestino do tráfico no alto da favela.Em uma área conhecida como Cachopa, foramencontradas marcas de sangue e de tiros, mas o comandante do Bope,coronel Paulo Henrique de Moraes, negou que fosse um cemitérioclandestino.“Nós encontramos dois acampamentos namata e, próximo dales, há marcas de sangue que nãopodemos precisar se são novas, em função datroca de tiros, ou se é coisa de outros dias. Mas nãose achou nenhum vestígio de ossos”, disse. O comandante doBope determinou que parte dos policiais continuasse ocupando aRocinha por prazo indeterminado.