Heráclito diz que fim de semana servirá para acalmar os ânimos

07/08/2009 - 14h25

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Senadores de váriospartidos ainda repercutem o bate-boca de ontem (6) entre os senadoresTasso Jereissati (PSDB-CE) e Renan Calheiros (PMDB-AL), por conta darepresentação do PMDB contra o líder do PSDB, Arthur VirgílioNeto. O próprio primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), iniciouos comentários na sessão plenária de hoje (7) ao dizer que o fim desemana deve servir para que os parlamentares reflitam e retornemao Senado, na segunda-feira (10), conscientes de que os debates não podemchegar a níveis como o visto na sessão de ontem.“Eu sóquero é que os companheiros senadores aproveitem o final de semanapara uma meditação e voltem imbuídos de queesta é uma Casa de debates e que esses debates têm de seracalorados e acirrados, mas que não podem, de maneira nenhuma,descer a níveis do que vimos este final de semana”, disse Heráclito.Olíder do PT, Aloizio Mercadante (SP), em sua página no Twitterqualificoude “lamentável” as trocas de agressões verbais entre Jereissatie Calheiros. “Faço questão de não ter a minha foto nessamoldura. Precisamos recuperar o debate qualificado”, acrescentou opetista. Segundo ele, fatos como esses contribuem apenas paraaumentar o descrédito da sociedade com a política.PauloPaim (PT-RS) ressaltou que em sete anos de mandato jamais viu umacrise da instituição tão grave como a de agora. Há quase dez anos,desde o confronto entre o então presidente do Senado, Antonio CarlosMagalhães (PFL-BA) e o então senador e líder do PMDB, JaderBarbalho (PA), a Casa passa por sucessivas crises políticas,geralmente envolvendo o presidente.Noplenário, Paim reiterou a posição adotada pela bancada do PT dedefender o afastamento de José Sarney da presidência do Senado. Jáo senador Renato Casagrande (PSB-ES) disse que o episódio de ontem demonstra que “o Senado está sem comando e que JoséSarney não tem mais condições de presidir a Casa”.Dianteda extrapolação do confronto político que tomou conta do Senado, Casagrandeacrescentou que passará o fim de semana em contato telefônico comoutros parlamentares para avaliar a postura que deve ser adotada apartir da próxima semana. Ovice-líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), questiona a estratégia de dar entrada em novas representações no Conselho de Ética. Para ele,essas iniciativas servem apenas para desgastar ainda mais a imagem doSenado. “Precisamos dar um basta nisso". Ele afirmou que está na hora de o presidente Luiz Inácio Lula da Silvareunir a sua bancada e reavaliar o apoio a Sarney.