Renan reafirma que representação contra Virgílio é resposta aos tucanos

06/08/2009 - 18h24

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do PMDB noSenado, Renan Calheiros (AL), reafirmou há pouco que a decisão deseu partido de recorrer ao Conselho de Ética contra o líder doPSDB, Arthur Virgílio (AL), foi uma resposta às trêsrepresentações que os tucanos apresentaram no colegiado contra opresidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP).“Atitudespartidarizadas requerem reciprocidade de comportamento”, ressaltouRenan, da tribuna da Casa, referindo-se à representaçãoapresentada contra Virgílio. Ele acrescentou esperar que arepresentação contra o líder tucano seja tratada de forma“desapaixonada”.“Ontem [5], oPMDB protocolou uma representação contra os atos praticados pelosenador Arthur Virgílio. O PMDB mantém as expectativas que essasquestões sejam dirimidas de forma desapaixonada no âmbito doConselho de Ética”, justificou Renan. “A partidarização dacrise em nada contribui para solucioná-la. Ao contrário, apenascontribui para aumentá-la”, completou.Virgílio, porsua vez, disse que confia nos plenários do Conselho de Ética e daCasa para avaliar as representações apresentadas contra ele. Otucano afirmou ainda que não “faria questão” de permanecersenador caso ele fosse cassado e Sarney tivesse o mandato preservadopelos demais parlamentares.“Aceito arepresentação do PMDB como um galhardão, como uma medalha, eenfrentarei com a minha convicção, com as armas da minha palavra ecom o meu mandato, confiando, sobretudo, no Senado”, defendeu-seVirgílio.O tucano é acusado deter mantido o pagamento, com recursos do Senado, de um funcionáriode seu gabinete que estava estudando no exterior. Também pesa contraVirgílio um repasse de US$ 10 mil feito pelo ex-diretor-geral daCasa Agaciel Maia – ele deixou o cargo após a descoberta de queteria omitido em sua declaração de Imposto de Renda ser dono de umamansão em Brasília. O senador recebeu o dinheiro quando estava emviagem à França.