Governo negocia flexibilização do fator previdenciário e reajuste para aposentados

06/08/2009 - 19h55

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo começou anegociar hoje (6) uma saída para o fator previdenciário e umreajuste maior que a inflação para as aposentadorias e benefíciosde quem recebe mais de um salário mínimo em 2010. A informaçãofoi dada pelo líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana(PT-RS), após participar de reunião com o ministro-chefe daSecretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, eparlamentares.Segundo Fontana, ogoverno trabalha para encontrar uma forma de garantir que o fatorprevidenciário não seja aplicado para todos os trabalhadores. Pelaproposta anunciada pelo líder governista, o trabalhador queconseguir somar os anos de contribuição e de idade e atingir ofator 95, no caso dos homens, e 85, no caso das mulheres, teráaposentaria integral.Fontana explicou que,pela proposta, se um homem começar a contribuir aos 18 anos, elecompletará 35 anos de contribuição aos 53 anos de idade.Somando-se idade e tempo de contribuição teria um fator 88. Para seaposentar com o valor integral, esse homem teria que trabalhar maistrês anos e meio e se aposentaria com 56 anos e meio de idade e 38anos e meio de contribuição.Em relação ao aumentopara os aposentados que ganham mais um salário mínimo, Fontanadisse que o governo estuda conceder um reajuste maior do que o dainflação, visando a recuperar as perdas dos últimos 15 anos,quando esses aposentados tiveram recomposições iguais às dainflação do período. O líder disse que não há definição dequanto será esse reajuste, mas lembrou que “conceder um aumentãoseria de fato uma ilusão”.Fontana informou queessas negociações visam a resolver a questão dos projetos. Entreeles, o que acaba com o fator previdenciário e o que concedereajustes igual para aposentados que ganham salário mínimo ou mais,além do veto sobre o reajuste dos aposentados.O deputado petistainformou que na próxima semana (quarta ou quinta-feira) haverá novareunião com o ministro Dulci - coordenador dessas negociações -,as centrais sindicais, as confederação dos aposentados e aslideranças parlamentares.