CSN pode parar por causa de vazamento de óleo no Rio Paraíba do Sul

04/08/2009 - 15h28

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A secretária do Ambiente do estado, Marilene Ramos, admitiu hoje (4)que as atividades industriais da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN)poderiam ser interrompidas ainda nesta terça-feira se a empresa não apresentasse umasolução definitiva para o problema do vazamento de óleo no RioParaíba do Sul, ocorrido domingo (2).De acordo com Marilene, ainda não se sabe qual foi o volume vazado, em que produto está sendo lançado, de formaintermitente no rio, responsável pelo abastecimento de85% da população da região metropolitana do Rio de Janeiro, abre duas questões muito graves. "Primeiro, o fato de a empresa não ter comunicado [o fato] à SuperintendênciaRegional do Inea [Instituto Estadual do Ambiente], em Volta Redonda, no momento que detectou o vazamento".A segunda questão, disse a secretária, é como a CSN, que já passoupor um processo de melhorias ambientais, ao deparar com umasituação como essa, não consegue rapidamente detectar e controlar umvazamento como esse.Marilene informou que, na primeira avaliação, constatou-se que o óleo vazado não étóxico de imediato, mas ressaltou que ainda é preciso aguardar o resultado dasanálises da própria água, que deve ser liberado no final do dia de hoje. Segundo nota divulgada no site do governo do estado, técnicos da Secretaria do Ambiente estão na CSNdesde ontem (3). trabalhando junto com funcionários da companhia. Já foi constatadoque se trata de um vazamento intermitente de uma unidade carboquímicada siderúrgica.De manhã a CSN divulgounota informando que o vazamento de óleo da Usina PresidenteVargas, em Volta Redonda, foi estancado nesta madrugada de hoje e está sob controle. A nota diz ainda que foram reforçadas as ações decontenção, com a instalação no rio de barreiras adicionais às barreiras permanentes. Elas foram colocadas na altura doemissário principal da usina, para impedir que o óleo aindaremanescente escoe para o rio.Produtores rurais da região disseram que o produto, de aparência esbranquiçada, começou a vazar domingo e atingiu o RioParaíba do Sul, em Volta Redonda, que abastece de água o estado do Riode Janeiro.