Obras do Comperj podem ser retomadas amanhã, se tempo continuar firme no Rio

02/08/2009 - 14h19

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As obras de terraplanagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) deverão ser retomadas amanhã (3), caso o tempo continue ensolarado como nesse sábado e não volte a chover. Para a retomada das obras é preciso de pelo menos dois dias de estiagem.As obras de terraplenagem, que estão sendo realizadas no município de Itaboraí, no Grande Rio, foram interrompidas no dia 22 de julho, em razão de uma discordância quanto à interpretação da metodologia aplicada para definir os preços para a execução.Depois de negociações que tiveram início na segunda-feira (27) a Petrobras fechou acordo com o consórcio CTC, formado pelas construtoras Andrade Gutierrez, Norberto Odebrecht e Queiroz Galvão, celebrando um aditivo de prazo por mais 60 dias para que as obras sejam retomadas plenamente com os cerca de 3.700 trabalhadores envolvidos no empreendimento. Esses trabalhadores haviam recebido aviso prévio e seriam dispensados. Segundo a Petrobras, as obras de terraplanagem apresentam um avanço físico de aproximadamente 40% e, antes da paralisação, vinha sendo tocada pelos 3.700 trabalhadores , utilizando aproximadamente 800 equipamentos mobilizados na região.Na nota em que informou o acordo com o consórcio para a retomada das obras de terraplanagem, a Petrobras informava que o acordo garantia a continuidade das obras até que um novo entendimento fosse firmado na busca de uma solução que atenda os interesses de ambas as partes.Desde a semana passada, a Petrobras vem esclarecendo que, em virtude de o volume de chuva nos últimos meses ter sido maior do que a média histórica na região de Itaboraí, a verba prevista dentro do contrato para cobrir os gastos com as paralisações durante as chuvas havia se esgotado. Serão investidos no Comperj US$ 8,4 bilhões e gerados 200 mil empregos diretos e indiretos durante os cinco anos da obra e com a entrada em operação, todos em escala nacional. Para atender a essa demanda, a Petrobras, em parceria com as prefeituras, vai capacitar cerca de 30 mil profissionais da região.A operação do complexo está prevista para 2012 e, segundo a Petrobras, vai  “transformar o perfil socioeconômico de sua região de influência”. Com capacidade para processar 150 mil barris diários de petróleo, o empreendimento vai gerar uma economia para o país de mais de US$ 2 bilhões por ano em divisas, por meio da redução da importação de derivados e de produtos petroquímicos.