Redução de IPI para materiais de construção deve ser permanente, defende Sinduscon/RJ

29/06/2009 - 17h04

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio de Janeiro (Sinduscon/RJ), Roberto Kauffmann, defendeu hoje (29) que a redução do Imposto sobre Produtos  Industrializados (IPI) em  materiais de construção seja permanente e no atacado.“A redução  de  IPI de materiais de construção tem que  ser permanente, enquanto durar o programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. E, principalmente, para as compras no atacado, que é o nosso caso”, disse Kauffmann.

Ele afirmou à Agência Brasil que o setor  está necessitando de redução do IPI e, nos estados, do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) em materiais de construção para as empresas poderem produzir residências mais baratas.

“Agora, reduzir para vender no varejo uma privada ou um azulejo para a  pessoa física comprar não tem sentido, porque esse não é o escopo do programa Minha Casa, Minha Vida”, acrescentou o presidente da entidade. O programa, segundo Kauffmann, objetiva a produção em larga escala de moradias para as classes menos favorecidas.

O presidente do Sinduscon/RJ afirmou que a redução permanente do IPI no atacado seria a contrapartida federal ao programa Minha Casa, Minha Vida, que prevê a construção de 1 milhão de moradias no Brasil. Nos estados, a contribuição seria a diminuição do ICMS. Lembrou que, no caso do Rio de Janeiro, já há a intenção de reduzir o imposto, “mas  visando que as empresas reduzam também o preço das moradias de larga escala”.Hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou em Brasília a prorrogação da redução de IPI em materiais de construção  até 31 de dezembro. A renúncia fiscal seria da ordem de R$ 686 milhões.