Ideal seria a reforma tributária, diz diretor da ACRJ ao analisar prorrogação de isenção do IPI

29/06/2009 - 19h44

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Apesar de considerar benéficaa prorrogação da isenção do Imposto sobreProdutos Industrializados (IPI), o diretor da AssociaçãoComercial do Rio de Janeiro, Aldo Gonçalves, afirmou àAgência Brasil que o ideal seria que o governopromovesse a reforma tributária. “É claro que oideal seria uma reforma tributária mais ampla, mais profunda”,disse.Gonçalves, no entanto,considera que para este momento de crise a decisão deprorrogar traz muitos benefícios para a economia. “Namedida em que se reduzem os impostos, as lojas podem vender maisbarato, aumenta o consumo. E, aumentando o consumo, aumenta aprodução, quer dizer, reduz o desemprego. O efeitocascata disso é muito benéfico, na medida em que geramais consumo, mais produção, mais emprego”.

O economista ChristianTravassos, da Federação do Comércio do Estado doRio de Janeiro (Fecomércio/RJ), afirmou que o Brasil aindavive um momento de incerteza e instabilidade devido à crisefinanceira mundial. Por isso, analisou que, para o comércio,as medidas anunciadas pelo governo são bem vindas.

“São medidasbem vindas para a economia como um todo, porque as vendas representammais empregos, mais disponibilidade de recursos para investimentos docomércio, maiores pedidos às linhas de produção.Então, é importante que o governo tome medidas nessesentido, para que a gente possa ter, senão crescimento nasvendas na comparação ano a ano, pelo menos umamanutenção do patamar em que nós chegamos paraassegurar uma economia aquecida”, disse.

Travassos lembrou que oBrasil vinha crescendo a taxas acima de 5% em 2007 e 2008 e, agora, aperspectiva é de redução desse patamar. Eleafirmou que o comércio tem respondido de modo satisfatórioà redução do IPI. O setor de automóveis,que recebeu o incentivo mais cedo, já mostrou um crescimentoconsistente das vendas nos últimos meses. Na linha branca,disse que embora ainda não se possa afirmar que houve umavanço, já se percebe que não háretração.

“Quer dizer, o quadrode desaquecimento já foi amenizado com a inclusão dalinha branca no pacote de isenção do IPI. E o governotem que fazer isso mesmo, porque a redução tributáriatem um efeito muito importante”, afirmou.