Segurança pública é setor que Estado precisa mais avançar, relatam ativistas

28/06/2009 - 1h28

Juliana Cézar Nunes
Repórter da Radioagência Nacional
Brasília - O debate sobresegurança pública tem envolvido boa parte dos delegados que participamda 2ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial.Representantes da sociedade civil e de governos consideram que é osetor onde o Estado precisa mais avançar a partir desta conferência. Opresidente do bloco Olodum, João Jorge Rodrigues, denuncia o que chamade genocídio da juventude negra pela polícia e pelo crime organizado.Durante a Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, elecriticou a ausência do ministro da Justiça, Tarso Genro, para um debateespecífico sobre o assunto.“Um encontro como esse, importantepara a sociedade brasileira, um ministro da Justiça não estar presentesignifica que essas demandas da população negra, homossexuais,travestis, ciganos, indígena não é relevante para o Estado brasileiro.Esse é um equívoco que a gente precisa corrigir urgente. Temos quedialogar mais. Queremos ser ouvidos.”A secretária de Promoçãoda Igualdade Racial da Bahia, Luiza Bairros, também vê na segurança umadas áreas onde as políticas públicas ainda não garantem a proteção e odireito à vida da população negra.Ela acredita, no entanto, quea partir da conferência os municípios se sentirão pressionados ainvestir nessa área. “Se nós não conseguirmos sair da conferência comum caminho e uma resposta para a questão da segurança nós teremosfalhado com um setor que representa o futuro da nossa sociedade, que éa juventude.”A 2ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial começou na quinta-feira e termina hoje (28),com a aprovação de um documento que deve avaliar as políticas públicasde promoção de igualdade racial e indicar novos caminhos para osgovernos federal, estaduais e municipais.