Obama condena ação militar em Honduras e Chávez diz que está disposto a reagir

28/06/2009 - 17h44

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse queestá “profundamente preocupado” com a detençãoe expulsão do presidente de Honduras, Manuela Zelaya,sequestrado hoje (28) por militares e levado para a Costa Rica.

“Peço a todos que respeitem as normasdemocráticas, o império da lei e a Carta DemocráticaInteramericana”, disse Obama, de acordo com carta lida peloembaixador norte-americano na Organização dos EstadosAmericanos (OEA), Héctor Morales, durante reuniãoextraordinária.

Obamaacrescentou que “qualquer tensão ou litígio deverãoser solucionados por meio do diálogo”. A secretáriade Estado norte-americana Hillary Clinton, afirmou, também emcarta, que o episódio “viola os preceitos da Carta Democrática Interamericana e deve ser condenado"pelos países membros da OEA.“A missão dos Estados Unidos está prontapara ajudar de qualquer forma para encontrar a paz, conservar ademocracia em prol de todos os hondurenhos”, acrescentou.O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmouque está disposto a reagir militarmente se a embaixada ou oembaixador venezuelanos em Honduras forem atacados.

“Coloquei em alerta as Forças ArmadasVenezuelanas. Não posso ficar de braços cruzados aquisabendo por telefone que estão massacrando meu embaixador ouentrando na embaixada venezuelana”, disse durante pronunciamentotransmitido pela televisão multiestatal sediada na Venezuela,Telesur.

Chávez ainda comparou os militares a gorilas. “Éum momento de prova suprema para nós. Não podemos cederdiante dos gorilas. São uns homens das cavernas.”