Conferência sobre igualdade racial é momento para execução de políticas, diz ativista

25/06/2009 - 15h55

Da Agência Brasil

Brasília - A 2 ª ConferênciaNacional de Promoção da Igualdade Racial é momento para que omovimento contra o racismo exerça um controle social efetivo,defende a presidente do Geledés Instituto da Mulher Negra, NilzaIraci. Para ela, esse é o ponto fundamental para que políticas decombate à desigualdade racial sejam implantadas.“Como é a 2ªConferência, esse é um momento de fazer o exercício de um controlesocial e avaliar propostas aprovadas na anterior. Como essaspolíticas foram lançadas? Como esse dinheiro está sendo gasto naimplantação [de ações]? O que foi e o que não foiimplantado?”, diz.A 1ª ConferênciaNacional de Promoção da Igualdade Racial foi realizada em 2005.Segundo a ativista, para que a edição deste ano consiga resultadossignificativos na implantação de políticas públicas, prioridadese metas devem ser redefinidas.“Na 1ª Conferênciaforam feitas propostas, mas o plano de ação não foi efetivado. Eleficou pronto só no ano passado. A conferência só tem a vencer namedida em que é mobilizadora dos diferentes setores da sociedadecivil para discutir a implementação de políticas”, comenta.O combate ao racismoinstitucional está entre temas que serão discutidos no evento. Paraa presidente do Geledés, o racismo estrutura a desigualdade nasociedade brasileira. De acordo com ela, o mecanismo de soluçãopara o atual quadro no país é o investimento na capacitação degestores no combate à discriminação.“O racismoinstitucional é resultado de uma racismo maior da sociedadebrasileira. Ele estrutura essa sociedade. Se não tiver programa deformação de gestores para lidar com a questão racial, nada muda”,afirma Nilza..