Empresários cobram agilidade na implantação da reforma tributária

24/06/2009 - 15h10

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A agilidade naimplantação da reforma tributária foi o principal ponto defendidopelos empresários que participam de audiência pública na Comissãode Desenvolvimento Econômico da Câmara sobre a proposta que tramitano Congresso. Para eles, isso tornaráo país mais competitivo e em condições de enfrentar as novasexigências do mundo que surgirá depois da crise.O representante daConfederação Nacional da Indústria, Carlos Mariani Bittencourt,afirmou que é urgente fazer a reforma e diminuir os prazos deimplantação, porque o Brasil vai precisar competir com o mundo.Segundo ele, o grandeproblema é que o sistema tributário brasileiro é “anacrônico”na comparação com o resto do mundo. “[Casoa reforma demore a ser implantada] teremos mais competição doque outros países que [hoje] são melhor estruturados e nãoteremos investimentos para fazer frente a essa competição”.Roberto Nogueira, daConfederação Nacional do Comércio, concorda com Bittencourt que énecessário melhorar a competitividade do país e criticou o fato deo IPI ficar fora do IVA Federal. Rodolpho Tourinho,ex-ministro e representantes da Federação da Indústria do Estadode São Paulo (Fiesp) ressaltou que a crise afetou mais o setorindustrial e citou como exemplo a perda do emprego. “Após acrise, o que teremos de enfrentar? A competitividade”.O secretário extraordinário de ReformasEconômico Fiscais, Bernard Appy, disse que se o governo tentarfazer a reforma que cada setor quer, “nunca se fará reformanenhuma”.A reforma tributária propõe a mudança daestrutura da cobrança de impostos no país. Prevê a extinção decinco tributos e a criação do Imposto sobre Valor AdicionadoFederal, além da unificação das normas sobre ICMS existentes hoje,uma para cada estado.Para evitar perdas dos estados com a mudanças, ogoverno propõe a criação do Fundo de Atualização de Receitas.Também está prevista a redução das contribuições patronais, oque reduzirá o peso da folha de pagamento das empresas.