Drogas ilícitas exigem enfrentamento global, alerta ONU

24/06/2009 - 12h51

Marco Antonio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Orepresentante do Escritório das Nações UnidasSobre Drogas e Crime (Unodc) no Brasil, Bo Mathiasen, afirmou hoje(24) que o combate às drogas exige um enfrentamento global dosgovernos, uma vez que o mercado ilícitoestimula a violência e a corrupção.“Só com uma efetiva e coordenada açãointernacional teremos resultados concretos para reduzir a produção,o consumo e o tráfico no mundo. Caso contrário, osproblemas apenas mudarão de lugar”, disse Mathiasen, ementrevista coletiva para a divulgação do RelatórioMundial sobre Drogas 2009.Mathiasentambém reafirmou a posição da ONU contráriaà legalização das drogas. “Álcool etabaco causam mais mortes, porque são legais”, afirmou. A pesquisaconstatou que a produção e o uso de drogas sintéticascresceram nos últimos anos nos países emdesenvolvimento. Mostrou ainda que o mercado global de cocaína,ópio, morfina, heroína e maconha está estávelou em declínio. A maconha permanece como a droga maiscultivada e consumida em todo o mundo, com o total de consumidoresanuais estimado entre143 milhões e 190 milhões depessoas.No Brasil,as apreensões de ecstasy dispararam em 2007, com maisde 211 mil unidades interceptadas, contra 11.648 unidades em 2006. OBrasil já está entre os países com maioresapreensões de substâncias do grupo ecstasy nomundo.Outradroga cujas apreensões evidenciam um aumento de consumo nopaís é o crack. Em 2006, foram apreendidos 145 milquilos das pedras no Brasil e, em 2007, esse total chegou a 578.060quilos. A Américado Sul é a origem do maior tráfico de cocaína,sobretudo a Colômbia.