Consumo de cocaína está em crescimento na América do Sul, aponta relatório da ONU

24/06/2009 - 11h59

Marco Antonio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesar de constatarque o consumo de drogas está estável ou em declíniona maior parte do mundo, o Relatório Mundial sobre Drogas2009, divulgado hoje (24) pelo Escritório das NaçõesUnidas sobre Drogas e Crime (Unodc), ressalta que, em 2007, foram observados aumentos no uso de cocaína no Brasil, Equador, Uruguai, na Argentina e Venezuela, assim como em países daAmérica Central (Guatemala e Honduras) e no Caribe (Jamaica eHaiti).

A América doSul é responsável por 323 toneladas (45%) do totalmundial de apreensões de cocaína. O Brasil é odécimo país do mundo no ranking de apreensões. Foram apreendidas 16 toneladas da droga no país em 2007,contra 14 toneladas em 2006.

O Brasil também é o maior mercado de cocaína da América do Sulem números absolutos, estimado em aproximadamente em 890 mil pessoas ou 0,7% da população entre 12 e 65 anos, umaumento de 0,4% em relação aos dados de 2001. A Argentina éo segundo, estimado em 660 mil pessoas.

Para o Unodc, osnúmeros refletem um “aumento crescente da importânciadesses países para o tráfico de cocaína, tantopara satisfazer a demanda interna quanto para reexportar a cocaínapara mercados como Europa, África e Região doPacífico.”

O país detrânsito mais importante para o tráfico de cocaínapara a Europa, em termos de volume, é a Venezuela, por ondepassam 40% da droga transportada. A Colômbia é o paísmais citado como origem da cocaína traficada para a Europa,responsável pela produção de 48% do que éapreendido pelos europeus, seguida pelo Peru (30%) e pela Bolívia(18%).