Assessor ameniza declaração de Lula e diz que governo lamenta mortes ocorridas no Irã

24/06/2009 - 20h19

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, afirmou hoje (24) que o governo brasileiro está preocupado com as mortes ocorridas no Irã após as últimas eleições em que o atual presidente, Mahmoud Ahmadinejad, foi reeleito.Garcia também observou que a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre os protestos que se seguiram depois da eleição de Ahmadinejad adquiriu uma "transcendência" maior do que a normal. “Opresidente disse uma coisa muito simples, fez um comentário de certamaneira banal, ao qual foi dado uma transcendência maior. [Ele disse] que é normalque, numa eleição, os vencedores celebrem e os perdedores se queixem. Nãofoi nada mais do que isso”.Segundo ele, adeclaração de Lula seguiu o posicionamento adotado poroutros países. “Naquele momento, a posição de todos os países do mundoera exatamente a posição que o Brasil tinha adotado, a União Européiaque já tinha reconhecido a vitória do presidente do Irã, do presidenteObama [Barack Obama, presidente dos Estados Unidos], que foi tambémmuito prudente.”No último dia 15, opresidente Lula havia dito que não conhecia ninguém, a não ser a oposiçãoiraniana, que tenha discordado da eleição do Irã. Segundo Garcia, o governo brasileiro lamenta as mortes ocorridas depois do processo eleitoral e mantém a posição de não interferir em situações internas.Perguntado se o governobrasileiro mantém o convite para que Ahmadinejad venha ao Brasil, o assessor da Presidência respondeu que o convite foi feito antes mesmo daseleições e está mantido.