Queda do dólar não prejudica turismo doméstico, diz ministro

23/06/2009 - 15h36

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro do Turismo, Luiz Barretto, afirmou hoje (23) que a queda dodólar, ocorrida nas últimas semanas, não prejudica o turismo domésticono Brasil. Segundo ele, a cotação atual, de aproximadamente R$ 2, é umpatamar razoável. “É compatível e acho que temos condições demanter o crescimento do turismo interno”, disse.Segundo Barretto,quando o dólar chegou a valer de R$ 2,30 a R$ 2,40, entre o finaldo ano passado e o início deste ano, o turismo domésticosofreu um impulso. Isso porque, com o dólar em alta, as viagensinternacionais ficam mais caras para os brasileiros e, assim, elesbuscam mais destinos internos. “O dólar ajudou muito no final do anopassado e isso deu um crescimento de 20% [no turismo doméstico] nas férias de verão.”Oministro disse, no entanto, que ainda não é possível fazer previsõessobre o resultado do mercado de turismo brasileiro para o resto desteano. “O mundo viveu uma crise muito forte. Por isso, se repetirmoso ano de 2008, já será uma grande vitória, porque foi um ano de grandecrescimento.”Barretto ressaltou que o mercado brasileirode turismo depende dos europeus e dos norte-americanos, cujos países foramfortemente afetados pela crise econômica mundial. “Por isso, estamosapostando muito no mercado doméstico e no mercado sul-americano”, afirmou.Paraincentivar os brasileiros a viajar dentro do país, o Ministério doTurismo investiu em grandes campanhas, como aquelas voltadas para osferiados, para as festas juninas do Nordeste e para estimular viagensàs regiões serranas do país. Outra grande aposta é o 4o. Salão de Turismo, no início de julho em São Paulo. Para atrair turistas sul-americanos, o ministro Luiz Barretto fez também viagens à Argentina, ao Chile e Peru e à Colômbia e Venezuela.