Reforma poderá cortar quase metade da carga tributária para quem ganha até 5 salários

22/06/2009 - 17h50

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A cargatributária para quem ganha atualmente até cinco salários mínimosé de 48%, mas, com o alargamento da base de impostos, aliado aodesenvolvimento econômico, poderá ser reduzida em até 20 pontos percentuais nospróximos quatro a seis anos. A estimativa foi apresentada hoje (22)pelo relator da reforma tributária na Câmara dos Deputados, SandroMabel (PR-GO). .“É trazer uma pessoa que paga 48%para 28%. Isso quer dizer que um aposentado que ganha um saláriomínimo vai ter mais R$ 100 no bolso, um trabalhador que ganha R$ 1mil vai levar mais R$ 200 para casa”, disse Mabel. Para ele, quemganha até cinco salários mínimos não deveria pagar nenhumimposto. "Só consumir."Segundo o deputado, essa poupançaserá canalizada para o consumo. “Ele [aposentadoou trabalhador] vai consumir mais. As lojasvão vender mais, contratar mais gente, arrecadar mais, comprar maisdas indústrias. E essas vão vender mais. É um país que roda.”Mabel disse que movimento semelhanteocorreu na Austrália, na Índia, no Chile. “O mundo já demonstrouque só se baixa a carga tributária crescendo. O governo tem aarrecadação de que precisa para fazer as obras, para manter amáquina, mas vai cortando a carga tributária para todo mundo.”Com a reforma, as 27 legislaçõesestaduais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços(ICMS) serão unificadas. E quatro contribuições – para oFinanciamento da Seguridade Social (Cofins), para o Programa deIntegração Social (PIS), de Intervenção no Domínio Econômico(Cide) e o salário educação – serão reunidas no Imposto SobreValor Adicionado (IVA).O deputado Sandro Mabel Mabelparticipou hoje da reunião conjunta dos Conselhos Empresariais deAssuntos Legislativos, de Jovens Empresários e da PolíticaEconômica e Industrial da Federação das Indústrias do Estado doRio de Janeiro (Firjan).