Município fluminense inaugura aterro sanitário ecológico até o fim do ano

22/06/2009 - 20h08

Thaís Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O município de Quissamã, no norte fluminense, deve inaugurar até o fimdeste ano um aterro sanitário para destinação final do lixo produzidopor seus habitantes, além da população de outros três municípiosvizinhos – Carapebus, Conceição de Macabu e São João da Barra. Ainiciativa faz parte do projeto Lixão Zero, da Secretaria Estadual doAmbiente, que tem por objetivo acabar com os lixões existentes emterritório fluminense, substituindo-os por aterros sanitários,considerados ambientalmente mais adequados para tratar resíduos sólidos.Deacordo com o secretário municipal de Meio Ambiente de Quissamã, JoséRicardo Pedruzzi, atualmente as cerca de 50 toneladas de lixoproduzidas diariamente nos quatro municípios são encaminhadas a umaterro particular. A expectativa é que com a inauguração da unidadehaja uma economia para os cofres públicos de aproximadamente 75% dovalor gasto atualmente, de R$ 80 reais por tonelada, além degarantir destinação apropriada ao material descartado.“Todosnós sofremos muito com a questão da destinação final do lixo porquecomo é uma atividade pouco lucrativa não atrai nenhuma empresa. Dessaforma, muitos municípios dão uma destinação inadequada e acabam sendoalvos de ações movidas pelo Ministério Público. Na nossa região existeum aterro particular e praticamente todos os municípios têm enviado oresíduo sólido para lá. O problema é que isso tem um custo bastanteelevado”, afirmou. O secretário Pedruzzi destacou, ainda, que oprojeto a ser instalado em Quissamã prevê tratamento especial detodos os elementos descartados. O material sólido será despejado sobreuma camada impermeabilizante de argila. O resíduo líquido, chamado dechorume, será canalizado para uma lagoa de contenção. Após adecantação, parte desse material poderá ser reconduzido à natureza e oselementos orgânicos não poluentes serão processados e transformados emadubo orgânico.Além disso, num prazo de dois anos após aentrada em funcionamento do aterro, o gás metano produzido pelo lixoserá canalizado para uma usina termelétrica que alimentará a ZonaEspecial de Negócios do município. O projeto está na fase delicenciamento ambiental. A expectativa é que a liberação pelasautoridades ambientais saia nos próximos dias. A partir dessa liberação, ogoverno estadual vai abrir uma licitação para definir a empresa queficará responsável pela obra. O aterro terá autonomia de gestão, mas será fiscalizado pelos municípios e também pelo governo do estado. Oprojeto Lixão Zero foi anunciado pela Secretaria Estadual do Ambienteno ano passado e conta com o apoio do governo federal, por meio doMinistério da Saúde.