IML de Recife recebe 50º corpo de vítima do voo 447 da Air France

22/06/2009 - 18h05

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O último dos 50 corpos de vítimas do acidente com o voo 447 da Air France, resgatados até o momento, já se encontra em Recife (PE). O corpo, retirado do mar no último dia 16, chegou à capital pernambucana por volta das 11h de hoje (22), a bordo do navio-tanque Gastão Motta, da Marinha brasileira.Além do corpo, a embarcação transportava despojos (partes que não podem ser caracterizadas como corpos), além de destroços do avião, bagagens e objetos pessoais que pertenciam às pessoas que viajavam no Airbus A 330 que caiu em meio ao Oceano Atlântico no final da noite do último dia 31, quando voava do Rio de Janeiro a Paris.O corpo e os despojos foram entregues a representantes da Polícia Federal (PF) e do Instituto Médico Legal (IML) de Pernambuco, responsáveis por coordenar os trabalhos da força-tarefa criada para determinar a causa da morte e fazer o reconhecimento das vítimas que forem encontradas.Já os destroços da aeronave ficarão à disposição do Bureau D´Enquêtes et D´Analises Pour la Securité de l´Aviation Civile (BEA, órgão francês correspondente ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, o Cenipa, no Brasil).Onze vítimas foram identificadas desde o último dia 11, quando o trabalho pericial, em Recife, foi iniciado. Dez das vítimas são brasileiras, sendo cinco homens e cinco mulheres. A nacionalidade do único estrangeiro identificado, um homem, não foi divulgada.Segundo a assessoria da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, os 11 corpos já reconhecidos foram liberados para que os parentes das vítimas pudessem providenciar os enterros. Três deles foram levados para um cemitério da cidade de Paulista, na região metropolitana de Recife, onde foram embalsamados. Ainda de acordo com a assessoria, o serviço foi contratado pela Air France.Os trabalhos de identificação contam com a colaboração de médicos-legistas da Secretaria de Defesa Social da Paraíba. Além disso, um representante do Comitê Permanente da Interpol e um médico-legista francês acompanham todos os procedimentos, assinando conjuntamente todos os reconhecimentos realizados.