CNA avalia Plano Agrícola e Pecuário como conservador, mas admite pontos positivos

22/06/2009 - 19h55

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesarde considerar conservador o Plano Agrícola e Pecuário2009/2010, lançado hoje (22) pelo presidente Luiz InácioLula da Silva em Londrina (PR), a Confederação daAgricultura e Pecuária do Brasil (CNA) informou que o plano “trazmedidas positivas, como o crédito mais barato para o médioprodutor, o mais prejudicado pela escassez de dinheiro. Enquantoa confederação pediu para que o governodisponibilizasse R$ 120 bilhões para financiar a produçãoempresarial, o plano oferece R$ 92,5 bilhões. Aagricultura familiar ficará com R$ 15 bilhões. “O volume de recursos divulgado ficou abaixo do esperado, porémseu eventual impacto negativo foi amenizado pela reduçãodos custos de produção e a conseqüente reduçãoda demanda de recursos”, explicou a CNA em uma nota técnicana qual compara o que foi pedido pelo setor e o que o governo disponibilizará. Aentidade considera, neste momento, a garantia de acesso ao créditomais importante do que o volume, na medida em quevários produtores não conseguem financiamento por causada inadimplência do setor. Para solucionar a situação,a CNA vem propondo a criação de um fundo garantidor,que funcionaria como avalista para os empréstimos tomadospelos agropecuaristas.Oministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, pediu hoje, em discursoem Londrina, para que o Congresso aprove em regime de urgênciaa criação do fundo. Segundo estudos do governo e deentidades do setor, o valor do novo mecanismo, que pode dar inícioa uma nova fase da produção agropecuáriabrasileira, ficaria em torno de R$ 7 bilhões.Paraa senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da CNA, os pontosde destaque no Plano Agrícola e Pecuário 2009/2010 sãoa elevação dos recursos para os investimentos de R$ 10bilhões para R$ 14 bilhões, a criação doPrograma de Capitalização das CooperativasAgropecuárias (Procap-Agro) e a extensão do Programa deGeração de Emprego e Renda (Proger Rural) ao médioprodutor, com o aumento do limite de renda bruta anual, de R$ 250mil para R$ 500 mil.