Marinha e Aeronáutica podem continuar buscas por tempo indeterminado, diz oficial

18/06/2009 - 14h11

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O resgate do 50º corpo e de despojos de prováveis vítimas do acidente com o voo 447 da Air France deram mais fôlego à operação de buscas iniciada há 18 dias pela Aeronáutica e Marinha do Brasil. As instituições descartaram a hipótese de encerrar a operação amanhã (19).Segundo o tenente-coronel Henry Munhoz, do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, os resultados dos últimos três dias confirmaram os prognósticos iniciais da unidade especializada em socorro, o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (Parasar), de que seria possível encontrar corpos até pelo menos 20 dias após o acidente, ocorrido na noite do último dia 31.“Tecnicamente, não faria sentido encerrarmos as buscas neste momento”, afirmou Munhoz, explicando que, ontem (17), oficiais responsáveis por coordenar a operação avaliaram que as duas Forças têm condições de continuar vasculhando a área por tempo indeterminado. “Enquanto continuarmos encontrando despojos, as buscas vão continuar.”Uma nova reunião está marcada para amanhã (19) com a finalidade de definir por mais quanto tempo é adequado manter as buscas. Reuniões semelhantes ocorrerão a cada dois dias, pelo tempo que durar a operação.O 50º corpo foi retirado do mar pela corveta brasileira Caboclo ontem (16). Já os despojos foram recolhidos ontem (17), pelo navio anfíbio francês Mistral. Na área de buscas também foram recuperados destroços do Airbus A 330 e bagagens e pertences pessoais.A área a ser sobrevoada pelos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) é definida a cada dia de buscas pela equipe do Serviço de Salvamento Aéreo (Salvaero) de Recife (PE), com base na análise de dados como a ação de correntes marítimas e dos ventos predominantes na região. Quando as aeronaves identificam prováveis corpos ou destroços, navios da Marinha são enviados para o resgate.