Grupo suprapartidário entrega a Sarney oito propostas de reforma administrativa do Senado

18/06/2009 - 17h51

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A lista de medidas com propostas para uma amplareforma administrativa do Senado, anunciada ontem (18) no plenário daCasa, foi assinada por apenas 20 dos 81 senadores. O documento, formulado por um grupo suprapartidário,contendo oito sugestões de reforma, foi oficialmente entregue hoje (18)ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).O senadorCristovam Buarque (PDT-DF), responsável por protocolar o documento napresidência, disse que a ideia é que, já na próxima semana, algumas dasmedidas sejam colocadas em prática como forma de minimizar asconsequências negativas da atual crise que enfrenta a instituição. Casoelas não sejam efetivadas, Cristovam disse acreditar que ocorra umadivisão dentro do Senado.“O Senado hoje já está dividido entrepessoas que acham que está tudo bem e aquelas que estão indignadas edescontentes. Se o presidente Sarney não aceitar as sugestões, o quevai acontecer é que essa divisão se agrava, se acirra”, disse Buarque.“O que mais me preocupa não é a divisão, mas a imagem da Casa”,acentuou, afirmado que a proposta é uma reforma moralizadora e nãoestrutural.As principais medidas contidas no documento, são asaída do atual diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, que assumiu ocargo após a exoneração de Agaciel Maia, e a realização de umaauditoria externa na instituição.Buarque evitou falar nasaída de Sarney da presidência do Senado, mas discordou das declaraçõesdo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que Sarney não pode serjulgado como uma pessoa comum. Para Buarque, Sarney optou porcontinuar na vida política após ter sido presidente da República. Dessa forma, ele deve ser julgado como qualquer homem público.        “Seele entregasse a Presidência para o [Fernando] Collor e fosse paracasa, ele seria um estadista. Mas ele escolheu continuar na política. Opresidente Sarney tem que ser julgado por seus gestos e suas falas comopresidente do Senado. Sua biografia será julgada pela história”, disse Cristovam.