Depois de fechar 3.500 vagas, indústria paulista prevê recuperação de empregos

17/06/2009 - 16h15

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A indústria de transformação paulista fechou 3.500 vagas em maio deste ano. O resultado ficou 0,69% abaixo do de abril, no pior desempenho já registrado, na comparação com igual mês, desde 2005. No entanto, esse quadro deve ser revertido no fim deste mês, ou no mais tardar em julho, acredita o diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas da Federaçãodas Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini.Ele se disse frustrado com o fato de ainda ter havido perdas em maio, embora considere possível em um equilíbrio entre contratações e demissões já nos próximos resultados. “Deveremos zerar as perdas”, afirmou Francini. Para ele, a previsão mais otimista é possível mesmo com as maiores chances de vaga de concentrando no setor sucroalcooleiroEm maio, o setor sucroalcooleiro gerou 5.041 postos de trabalho, enquanto, na média, os demais segmentos registraram corte de 8,5 mil empregos. No acumulado do ano, a indústria do açúcar e do álcool contratou 57.497 trabalhadores, e os demais segmentos fecharam 103,4 mil vagas. Os  setores mais afetados em maio fora os de metalurgia (-1,8%), calçados e artigos de couro (-0,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-1,2%) e o de veículos automotores (-0,5%), entre outros.Desde dezembro do ano passado, considerando a média de todos os setores industriais, foram eliminadas 46 mil vagas (-2,03%). O saldo nos últimos 12 meses até maio acumula retração de 7,35% ou 176 mil empregos suprimidos.