Sanções não devem atingir áreas de desmatamento consolidadas na Amazônia, diz ministro

15/06/2009 - 17h29

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Oministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ReinholdStephanes, disse hoje (15) que os pecuaristas que fizeram desmatamentos ilegais na Amazônia devem sofrer sanções.No entanto, o ministro ponderou que não pode haver punição quando aderrubada é antiga, realizada na época em que erapermitida pelo Código Florestal.

“Aqueles que desmataram de maneira irregular, de forma ilegal, terãoque sofrer a pena por isso, mas temos que considerarque, na grande maioria dos casos, existem áreas consolidadas háaté 50 anos”, disse Stephanes, ao comentar a decisãode redes varejistas de suspender a compra de carne de 11 frigoríficoslocalizados em áreas apontadas como de desmatamento na regiãoamazônica.

Stephanesreiterou que não há necessidade de derrubar áreasde floresta para expandir as atividades agropecuáriasno Brasil. Segundo ele, “desmatamento zero seria a melhor soluçãopara a Amazônia, inclusive criando condições paraindenizar aqueles que ainda tem direito a desmatar”.

O Código Florestal vigente permite o desmatamento de até 20% das propriedades rurais localizadas dentro do Bioma Amazônia.

Para opresidente do Sindicato das Indústrias do Frio no Estado deSão Paulo (Sindifrio), Edivar Vilela de Queiroz , o boicotepromovido pelas redes de supermercados está "penalizando apecuária brasileira".