Lojistas de shopping do Rio esperam reação nas vendas do feriado e do Dia dos Namorados

10/06/2009 - 19h08

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os lojistas de shopping center do Rio de Janeiro esperam um aumento de 3% nas vendas no feriado de Corpus Christi e no Dia dos Namorados, em relação ao mesmo período do ano passado.A expectativa foi apontada em pesquisa da Associação das Empresas Lojistas em Shoppings Centersdo Estado do Rio de Janeiro (Aloserj) com empresários dosetor. O presidente daAloserj, Cláudio Gordilho, disse hoje que, embora no primeiro quadrimestre do ano as vendas nos shoppings tenham caído cerca de 4,2% em comparaçãoaos quatro primeiros meses de 2008, o mês de maio jácomeçou a mostrar recuperação, com alta de 0,8%. Gordilho afirmou que “acrise internacional parece ter começado a arrefecer e oslojistas estão otimistas, no sentido de achar que, nesseperíodo, agora conseguem reverter a queda sofrida”. Segundo ele, a retração no faturamento para o comércio de shopping é sentida desde outubro do ano passado, mas a recuperação parece ter começado em abril.  “Em outubro começou,dezembro não foi legal, em janeiro e fevereiro as vendascaíram bastante e se percebeu uma leve melhora entre abril emaio. Daí, a expectativa da gente é de a situaçãomelhorar de junho em diante”, disse. Gordilho observou, ainda, que há uma tendência de os juros continuarem caindo e isso pode acelerar a retomada docomércio dos shoppings, “porque facilita a parte docrediário”. Ele explicou que os preçoscobrados ao consumidor giram em torno das dificuldades que oslojistas têm e, de acordo com ele, no início do ano, houve uma escassez decrédito. “O dinheiro estavamais caro para o lojista. E, na hora em que ele vai financiar oconsumidor, ele é obrigado a repassar o que é cobradodele. A partir do momento em que ele tem uma condiçãomelhor, em função da concorrência, ele procuraoferecer o máximo possível visando a melhorar as vendas.” O cenário, no entanto, ainda não favorece as projeções. Segundo o diretor executivo da Aloserj, Gilberto Catran, é cedo para fazer projeções de vendas para 2009, em função do cenáriode incerteza que ainda persiste no comércio como um todo, porconta da crise externa. “Ainda é uma incógnita”, disse. Como as vendasdeixaram de cair em maio, a expectativa é que o setor reaja. “A gente espera que o segundo semestre seja melhor”, avaliou Catran. Em 2008, o setorexperimentou uma queda nas vendas de 7,6% em relação aoano anterior. O diretor da Aloserj destacou que não se podeconfundir a movimentação de fluxo de pessoas nos shoppings com aumento de vendas. “Não tem a ver com aconversão em vendas.”