Gabrielli nega que redução no preço de combustíveis tenha a ver com CPI

08/06/2009 - 22h04

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente da Petrobras, José SergioGabrielli, negou hoje (8), em entrevista no programa RodaViva, que a decisão da empresa de reduzir os preços doóleo diesel e da gasolina tenham conotaçãopolítica e ligações com a decisão doCongresso Nacional de criar a CPI da estatal.Gabrielli voltou a afirmar que a empresa procuranão repassar para o mercado interno a volatilidade do preçodo barril no mercado externo, que despencou de US$ 150 para cerca deUS$ 40 desde meados do ano passado. Hoje, o barril  voltou a subir e está em torno dos US$ 70.“O preço da gasolina cobrado no paísé uma combinação do preço do petróleono mercado externo, do câmbio e da situação domercado, objetivamente é isto. Nós trabalhamos com amédia do barril no exterior no longo prazo e não nocurto, daí a nossa prudência em mexer nos preços”, disse Gabrielli. Em nota divulgada por sua assessoria, a Petrobrasanunciou uma redução de 15% no preço do diesele de 4,5% no preço da gasolina, em suas refinarias, já apartir de amanhã (9). Mais cedo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia anunciado a mudança no preço dos dois combustíveis, enfatizando que, na bomba, a redução do diesel será efetivamente de 9,6% e que a gasolina permanecerá com o preço inalterado.A última mudança no preço da gasolina e do diesel foi promovida no último dia 2 de maio, quando o preço do barril do petróleo estava US$ 140, US$ 150 no mercado externo. Na ocasião, o óleodiesel havia subido 15% e a gasolina 10%, nas refinarias.Em 1º de julho do ano passado, a Petrobrastambém havia concedido um aumento de 5,3% para o GásLiquefeito do Petróleo (GLP) industrial e comercial.