Após confronto com estudantes, polícia permanece no campus da USP

09/06/2009 - 21h14

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Policiais militares permanecem dentro do campus da Universidade de São Paulo nesta noite (9.) Durante a tarde, soldados da Tropa de Choque entraram em confronto com estudantes, professores e funcionários. O conflito teve início quando a polícia dispersou os manifestantes que tentavam bloquear a entrada do portão 1 da universidade. A polícia usou bombas de efeito moral (gás lacrimogênio e de pimenta) e atirou com balas de borracha. Os alunos tentaram entregar flores aos policiais.Após a polícia liberar o acesso à universidade, os soldados se posicionaram ao redor da reitoria, impossibilitando a aproximação dos estudantes, que passaram a se concentrar no estacionamento do prédio da Faculdade de História e Geografia.Professores que participavam de uma assembleia da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp), no auditório da faculdade de Geografia, interromperam a atividade. Um grupo deles tentou se aproximar da polícia para iniciar uma negociação. Em meio aos primeiros diálogos, novas bombas foram jogadas e balas de borracha atiradas. Os professores, estudantes e funcionários voltaram a se refugiar no prédio da Faculdade de História e Geografia.A Polícia Militar (PM) emitiu nota afirmando que sua ação não foi violenta. “A Polícia Militar acompanhava as manifestações, objetivando garantir a ordem pública, no momento em que uma guarnição foi cercada por manifestantes, os quais, de mãos dadas, isolaram policiais militares ao centro, de forma ameaçadora e hostil. Houve necessidade de intervenção da tropa, com a utilização de equipamentos não letais e técnicas específicas para restauração da ordem. Neste momento, a PM continua na Cidade Universitária e por lá permanecerá até que a situação volte à normalidade”, diz o texto.A assessoria de imprensa da reitoria afirmou que a universidade deverá emitir nota sobre o ocorrido.