Ministério Público Eleitoral reitera pedido de cassação do governador de Rondônia

08/06/2009 - 20h30

Marco Antonio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O MinistérioPúblico Eleitoral (MPE) reiterou hoje (8), no Tribunal SuperiorEleitoral (TSE), a existência de evidências de captaçãoilícita de sufrágio e abuso de poder econômicodurante a campanha de Ivo Cassol ao governo de Rondônia naseleições de 2006. Um recurso, que pede a cassaçãodos mandatos do governador e de seu vice, João AparecidoCahulla, será julgado pelo plenário do TSE, em dataainda não marcada.No documentoencaminhado ao TSE, o procurador-geral eleitoral, Antonio FernandoSouza, cita depoimentos de cinco testemunhas, segundo as quaisfuncionários de uma empresa de vigilância, que prestavaserviços para o governo de Rondônia, receberam propostaspara votar no candidato Ivo Cassol em troca de R$ 100. O “negócio”teria sido fechado por meio de assinatura de contratos de prestaçãode serviços pelos vigilantes . O inquérito daPolícia Federal confirmou que centenas de depósitos deR$ 100 foram feitos em agências do Banco do Brasil em contasdos funcionários das empresas de vigilância, uma semanaantes das eleições de 2006. Os responsáveispelos depósitos teriam ligações com o senador Expedito Júnior e com o governador Ivo Cassol. Cassol já foicassado no Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia e permaneceno cargo em virtude de uma liminar concedida pelo ministro ArnaldoVersiani, do TSE, em novembro de 2008.