Coleta de DNA marcou o fim de semana dos parentes de passageiros do voo 477

08/06/2009 - 8h25

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio - Oanúncio do resgate de corpos de passageiros do voo 477, da Air France, no OceanoAtlântico levou muitas famílias, durante o fim de semana, ao HotelWindsor, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, onde a Polícia Federal coletou amostras de saliva e de fios de cabelo para ajudar na identificação das vítimas. A coleta de material genético dos parentes de passageiros deve terminar hoje (8).      Nohotel, os parentes que souberam dos resgates antes do anúncio oficialmanifestaram diversos tipos de reação. Para Maarten Van Sluis, oresgate dos corpos representa um alívio. Eledisse que a informação “deu ânimo” às famílias, mas afirmou que possivelmente osparentes não precisem ir a Recife para reconhecer os corpos. Ele informouque o reconhecimento poderá ser feito “com o auxílio de fotografiasrepassadas pelas equipes de busca”. Alguns parentes quenão estão hospedados no Windsor, após participarem da coleta dematerial para exame de DNA, disseram preferir que os corpos nãotivessem sido encontrados. “Achava melhor que deixassem onde está,porque é muito doloroso esse resgate. Tem sido muito difícil para nós”,afirmou Iza Furtado Santana, mãe de uma das vítimas.  A expectativa dos 30 parentes instalados no Hotel Windsor é permanecer no local durante a semana. Eles ainda não foram avisados sobre apossibilidade de serem transferidos. O Airbus A 330 desapareceu noOceano Atlântico na noite de domingo (31) após deixar o Rio com destino a Paris.