Analistas de mercado reduzem para 9,15% projeção da Selic em 2010

08/06/2009 - 9h51

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Analistas de mercado consultados pelo Banco Central (BC) esperam que taxa básica de juros, Selic, chegue a 9,15% ao ano ao final de 2010 e não mais a 9,25% ao ano, como previsto anteriormente. A informação é do boletim Focus, divulgado semanalmente pelo BC.Os analistas não mudaram, no entanto, as projeções para a Selic ao final deste ano e neste mês, quando ocorre reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para amanhã (9) e quarta-feira. As estimativas são de 9% ao ano e 9,5% ao ano, respectivamente. Atualmente, a taxa básica está em 10,25% ao ano. A Selic é usada pelo Banco Central como instrumento para controlar a inflação. Quando a inflação está em alta, o BC sobe a taxa e faz o inverso quando os preços estão em baixa. A previsão dos analistas de mercado para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano também não foi alterada e permanece em 4,33%, há três semanas. Para 2010, os analistas mantêm a estimativa de 4,30%, há duas semanas. As expectativas para os dois anos estão abaixo do centro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 4,5%. A meta tem margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite inferior é de 2,5% e o superior de 6,5%. Quanto aos demais índices, as projeções para este ano estão em queda. Para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), os analistas alteraram a estimativa de 1,82% para 1,80%. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a expectativa caiu de 1,47% para 1,46%. No mercado paulista, o Índice de Preço ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) deve ficar em 4,29% e não mais em 4,33%. Para 2010, as projeções dos três índices foram mantidas em 4,5%.A expectativa para os preços administrados em 2009 foi alterada de 4,35% para 4,30% e mantida em 4% em 2010. Os preços administrados referem-se aos valores cobrados por serviços monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo e outros).