Miguel Jorge reafirma que é contra prorrogação do IPI reduzido para veículos novos

05/06/2009 - 16h35

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O ministro doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge,reafirmou hoje (5) que é contra a prorrogação da redução doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de veículose que defenderá o fim do benefício no prazo determinado, 30 dejunho. Ele não disse se o governo pretende prorrogar aredução do IPI e informou que o governo deve discutir o assunto naterceira semana deste mês. Miguel Jorge discorda dos que preveemredução das vendas a partir de julho, se o benefício acabar. “É importante que as pessoas saibam que vaiacabar, porque senão posterga-se [adia-se] a compra. Até odia 30, vou ser contra a prorrogação.” Segundo o ministro, a expectativa de queda gerauma mudança positiva, que é comprar o carro, mas, quando se sabeque há prazos longos, continua-se na mesma situação e não seprovoca o consumo. Miguel Jorge destacou que a questão maisimportante a ser resolvida no momento é a da queda da venda doscaminhões, mas ressaltou que o governo ainda não sabe quais serãoas medidas tomadas, embora esteja trabalhando na questão, queconsidera urgente. “Temos que trabalhar para encontrar uma maneirade fazer com que o autônomo, que é responsável por grande parte dafrota do país, possa trocar um caminhão mais velho por outro masnovo”, afirmou o ministro, após participar da cerimônia deinstalação do Grupo de Trabalho Automotivo do ABC, em São Bernardodo Campo (SP). Um dos problemas relacionados aos autônomos e que precisa ser solucionado é a questão da garantia de que o financiamento vai ser pago. “O autônomo dificilmente consegue dar uma garantia que é necessária. Uma grande empresa por exemplo, tem garantias para dar e com isso consegue crédito a longo prazo. O problema é o autônomo”.Segundo o ministro, governo está tratando com os sindicatos da categoria e tem encontrado uma série de problemas. Ele evitou dizer quais são os problemas e dar prazos para o anúncio das medidas e disse que há diversas questões, inclusive legais, que precisam ser tratadas antes de adiantar qualquer uma das medidas que podem ser tomadas. “Não temos data porque não estabelecemos prazo. Tem algumas coisas que não podemos dar prazo”.