Primeiro navio da Marinha brasileira chega à área onde estão concentradas buscas a avião

03/06/2009 - 15h53

Alex Rodrigues e Mariana Jungmann
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O navio patrulha Grajaú, da Marinha brasileira, já se encontra na área onde estão concentradas as buscas a sobreviventes e a destroços do Airbus A-330 da Air France, desaparecido desde a noite de domingo (31).Segundo a assessoria da Marinha, o navio chegou esta manhã ao local e deu início aos trabalhos de busca. Até o momento, no entanto, a tripulação não avistou quaisquer vestígios da aeronave. De acordo com a assessoria, a dimensão da área onde os destroços podem estar (quase 10 mil quilômetros quadrados), a cerca de 700 quilômetros da ilha de Fernando de Noronha, as fortes correntezas e a existência de ondas de até dois metros de altura têm dificultado os trabalhos.Ontem (2), o diretor do Centro de Comunicação da Marinha, contra-almirante Domigos Savio Nogueira, disse que, devido ao mar agitado, o Grajaú avançava a uma velocidade máxima de 24 quilômetros por hora, razão pela qual só deveria chegar ao seu destino por volta das 18 horas de hoje. Desde então, houve uma melhoria das condições, o que possibilitou que a embarcação se deslocasse mais rapidamente.A Marinha antecipou também a previsão de chegada da corveta Caboclo, que deve atingir a região de busca até o fim da tarde de hoje.O Grajaú deixou Natal (RN) na segunda-feira (1º) de manhã. Já a Caboclo zarpou de Maceió e deve chegar ao ponto indicado por volta de meio-dia de quinta-feira (4). Um terceiro navio, a fragata Constituição, partiu de Salvador e também deve chegar amanhã (4).Ontem, mais dois navios militares foram deslocados para os locais das buscas. Além de uma fragata, um navio-tanque com capacidade para cerca de 4 milhões de toneladas de óleo vão se somar às outras três embarcações.Cada fragata leva dois mergulhadores preparados para buscas e trabalhos em águas profundas.De acordo com o contra-almirante, o navio-tanque Gastão Mota vai permitir que os navios permaneçam em alto-mar por tempo indeterminado. “Não se sabe ainda quanto tempo esses navios precisarão permanecer numa distância tão longa. E uma hora eles vão precisar ser reabastecidos”, disse Nogueira.