Base não indica nomes para direção da CPI e oposição promete obstruir votações

02/06/2009 - 16h11

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Sem as indicaçõesdo PMDB e do PT para os cargos de direção da ComissãoParlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, a reuniãodas 14h, que escolheria o presidente, acabou em confusão. O senador Paulo Duque(PMDB-RJ), que presidia a sessão por ser o parlamentar maisvelho da comissão, suspendeu os trabalhos por falta de quórumpara votação. Pelo regimento, os parlamentares escolhemo presidente, que indica o relator.Estavam presentesapenas os senadores da oposição, que reclamaram dainiciativa de Duque. O líder do PSDB, Arthur VirgílioNeto (AM), afirmou que, a partir de agora, seu partido e o DEM entramem obstrução e não votam mais nenhuma matériaque está na pauta do plenário.“Essa é umabriga do PT e do PMDB e não vamos entrar nisso”, disseVirgílio.Desde o inícioda tarde, o líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), estátrancado no gabinete da liderança do partido. Ele almoçouali com a bancada, que reúne-se todas as terças. E, deacordo com os senadores Flávio Arns (PR) e Paulo Paim (RS), oassunto da escolha dos nomes não foi tratado nesse almoço.Já o líderdo Democratas, José Agripino Maia, acusou o PMDB e o PT dedarem “um golpe” na sessão que instalaria os trabalhos dacomissão. “Isso foi um golpe da base. Estamos todos[senadores da base e da oposição] na Casa equeremos a instalação da CPI. Vamos pedir, agora, emplenário, que a base do governo marque a hora para instalaçãodos trabalhos”.Alguns senadores doPMDB estão reunidos no gabinete do líder do PTB, GimArgello (DF), também tratando da composição doscargos da CPI.