Jucá diz que governo está alerta sobre controle da CPI das ONGs, mesmo com maioria

28/05/2009 - 11h32

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governoestá “tranquilo, mas alerta” sobre o domínio daoposição na comissão que investiga repasseirregularidades de dinheiro público a instituiçõesnão governamentais, conhecida como CPI das ONGs. A afirmaçãoé do líder no Senado Romero Jucá (PMDB-RO). Eleacrescentou que a base aliada tem maioria na comissão eportanto não vê possibilidade de manobra pela oposição.Ontem (27), com o afastamento do senador Inácio Arruda(PCdoB-CE) da relatoria, o presidente da CPI, Heráclito Fortes(DEM-PI) indicou o líder do PSDB, Arthur Vírgilio Neto(AM), para o cargo, o que irritou a base aliada.“Se nãofor possível reverter a decisão de HeráclitoFortes, vamos atuar da forma que der. Temos maioria. Ou combinamosuma forma de trabalho ou a CPI vai funcionar com dificuldades.” Com oafastamento, Inácio Arruda passa a ser suplente e estaria regimentalmentehabilitado para presidir a CPI da Petrobras, pois é um dostrês titulares indicados pelo bloco de apoio ao governo, queainda não oficializou um nome para o cargo. Porém, ainda há uma pendência regimental, pois, em seguida foi encaminhado outro ofício à mesa diretora reconduzindo o senador cearense como membro titular da CPI das ONGs. O texto do regimento determina que um senador não pode ser titular em duas comissões de inquérito que funcionem simultaneamente na Casa. A prerrogativa de nomear ou destituir o relator de uma CPI é do presidente do colegiado. Na história da Casa, nenhum relator foi destituído durante um processo de investigação. Na secretaria-geral da mesa, o nome de Inácio Arruda consta como membro suplente da comissão que vai investigar irregularidades na CPI da Petrobras. Sobre a comissão da Petrobras, Jucá rejeitou qualquer possibilidade de abase aliada investigar os contratos da estatal fechados durante ogoverno de Fernando Henrique Cardoso. “Não se trata de umaguerra. Minha linha é de um trabalho propositivo.”