Índice que reajusta aluguéis cai em maio em ritmo menor do que em abril

28/05/2009 - 11h31

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como referência para o reajuste de contratos de aluguel, recuou 0,07%, em maio, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV). Essa variação mostra diminuição no ritmo de queda, já que em abril, a baixa foi mais acentuada (-0,15%). O resultado foi influenciado pelo Índice de Preços no Atacado (IPA), que teve queda de 0,30%, mas com indicação de recuperação, porque no mês anterior tinha recuado 0,44%. Os bens finais que fazem parte do IPA apresentaram queda de 0,52% ante uma alta de 0,33% no mês passado. Segundo a avaliação técnica da FGV, a desaceleração do subgrupo de alimentos in natura contribuiu para esse declínio, tendo revertido a alta de 2,83% para uma baixa de 5,31%. O grupo de bens intermediários fechou em -0,67%, com destaque para o subgrupo de materiais e componentes para manufatura que ficou em 1,47%. Outro componente do IPA, o índice de matérias-primas brutas teve alta de 0,61%.As principais elevações foram no milho em grão (de -3,19% para 6,30%); bovinos (de -0,33% para 1,70%) e soja (de 3,97% para 5,13%). Ficaram mais baratos: laranja (de - 4,05% para para – 13,26); fumo em folha (de 9,30% para – 1,11%) e café em grão (de 0,82% para – 3,23%). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou, fechando em 0,42%. Dois dos sete grupos que compõem a taxa tiveram queda:  alimentação de (1,13% para -0,19%) com destaque para as frutas (de 4,49% para 5,97%), hortaliças e legumes (de 5,46% para 0,92%) e adoçantes (de 5,58% para -1,27%). O transportes passou de uma queda de 0,16% para -0,21%. O recuo verificado neste grupo foi puxado pela queda de preços da gasolina (de -0,33% para -0,81%).Houve altas nos grupos despesas pessoais (de 1,69% para 3,97%), com destaque para cigarros (de 4,74% para 12,43%); habitação (de 0,33% para 0,63%), influenciado, principalmente, pela correção da tarifa de energia elétrica (de -0,22% para 1,81%); vestuário (de 0,44% para 0,67%), puxado pelas roupas (de 0,77% para 1,07%); educação, leitura e recreação (de -0,17% para 0,03%), com destaque para a aceleração de preço da passagem aérea (de -12,36% para 6,75%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,82% para 0,90%), influenciado pelos medicamentos, que tiveram os preços aumentados de 1,36% para 3,17%.O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também mostra recuperação com a taxa passando de uma queda de 0,01% para uma alta de 0,25%. Dos três grupos que compõem esse índice, dois tiveram acréscimos: serviços (de 0,31% para 0,67%) e mão de obra (de 0,37% para 1,39%). O terceiro grupo – materiais e equipamentos – apresentou desaceleração com variação negativa de 1,06% ante -0,49%.