Em reunião com Lula, Minc diz que área ambiental está enfraquecida

28/05/2009 - 16h07

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em reunião hoje (28) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que a área ambiental está enfraquecida e com “problemas de sustentabilidade”. “Falei para o presidente que a área ambiental estava sendo muito agredida e disse que nossa situação estava com problemas de sustentabilidade ambiental. A área do meio ambiente tem que ser forte, senão cada um vai com sua machadinha lá querer desfigurar a área ambiental”,  relatou o ministro, após a conversa com Lula.Minc acrescentou que, no encontro, também afirmou que há ministros que “combinam uma coisa aqui e depois vão no Parlamento, cada um com sua machadinha, patrocinar emendas que esquartejavam e desfiguravam a legislação ambiental”.Segundo ele, o presidente disse que pretende fortalecer a área ambiental e que está satisfeito com o seu trabalho à frente da pasta. “Ele [Lula] disse que iria chamar os ministros e que o que fosse combinado entre os ministros e ele não dava o direito de cada um, cada Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes] da vida ir atrás de um deputado para desfazer tudo aquilo que tinha sido combinado aqui”, completou. O ministro reclamou também de empreendimentos que, na avaliação dele, agridem o meio ambiente, como o zoneamento ecológico da cana-de-açúcar e obras na BR-319, entre Cuiabá e Santarém (PA).“Não sou favorável a essa estrada, licenciaria por uma determinação do governo sabendo o custo altíssimo que eu pagaria por isso. Expliquei que eu estava moralmente, eticamente impedido de dar qualquer licença que não cumprisse as condições do grupo de trabalho [que discutiu a construção da estrada]”.Questionado se condicionou sua permanência no governo à paralisação das obras na BR-319, ele negou. “Não condicionei a permanência no governo a absolutamente nada, o que eu disse foi que eu completei um ano [no cargo de ministo], servi lealmente ao presidente, resolvemos grandes imbróglios e que uma série de questões estavam tirando a sustentabilidade ambiental e política do ministério.”