Vigilantes mantêm greve no DF e Ministério Público pede que Justiça decida sobre caso

26/05/2009 - 21h13

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os vigilantes do Distrito Federal decidiram há pouco manter a greve deflagrada ontem à noite (25). A categoria reivindica um aumento real de 15% sobre o piso salarial, que, hoje, é de R$ 1.080. Os trabalhadores também pedem que o valor do vale-refeição passe dos atuais R$ 9 diários para R$ 15.À tarde, representantes dos sindicatos patronais e dos trabalhadores participaram de uma audiência convocada pelo procurador Valdir Pereira da Silva, do Ministério Público do Trabalho (MPT) no Distrito Federal. Segundo a assessoria do ministério, após se inteirar das causas e possíveis reflexos da greve, o procurador propôs às entidades que aceitassem a intermediação do MPT nas negociações. O sindicato das empresas de segurança privada, no entanto, recusou participação do ministério.Como até o final da tarde as partes não haviam chegado a um acordo para pôr fim à greve que atinge setores essenciais como bancos e hospitais, o procurador decidiu ajuizar dissídio coletivo para que a Justiça do Trabalho se manifeste sobre o assunto.Segundo o advogado do Sindicato dos Vigilantes, Jonas Duarte, pelo menos 70% dos cerca de 15 mil profissionais que atuam no Distrito Federal aderiram à paralisação, que não tem prazo para acabar. Bancos como a Caixa Econômica Federal anunciaram que só voltarão a atender clientes após o fim da greve. Preocupado com a segurança de seu patrimônio e de seus funcionários, a Biblioteca Nacional de Brasília anunciou que só voltará a funcionar após o fim do movimento, que afetou também o atendimento em hospitais públicos da região.