Sindicato organiza paralisação para pedir fim das demissões da Usiminas

26/05/2009 - 1h06

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - OSindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista marcou paraamanhã (27) um protesto, seguido de paralisação,na porta da Usiminas, em Cubatão (SP), para exigir que a empresapare de demitir. Segundo o diretor do sindicato, Aldemir Alves, desdesábado passado (23) foram dispensados 312 trabalhadores.

“Amanhã vamos parar os ônibus na porta da empresa echamar os trabalhadores para ficar paralisados até a empresanegociar”, disse Alves.

Aempresa informou que os desligamentos devem totalizar 810 atéo próximo sábado (30). O número equivale a 6% doquadro total de funcionários. A meta é reduzir asdespesas com pessoal a 10% dos custos totais.

Segundo o sindicalista o objetivo é conseguir que aempresa suspenda o programa de demissões em curso. Eleressaltou que dificilmente será possível reverter asdispensas anteriores.

Deacordo com a Usiminas, as demissões são necessáriasdevido a uma “severa retração na demandapor produtos siderúrgicos”.Atualmente as usinas operam com apenas metade dacapacidade instalada.

Aempresa afirma que os 516 desligamentos das usinas de Ipatinga (SP),Cubatão (SP) e da sede em Belo Horizonte (MG), resultantes de um Programa de Demissões Voluntárias (PDV) nãoforam capazes de suprir as necessidades da empresa.

Alémdos valores determinados por lei, serão oferecidasgratificações financeiras para os demitidos. Segundo aempresa, os valores são: de 0,10 da remuneraçãopor ano de trabalho, para os empregados com até 15 anos deempresa, limitado a 0,9 salário. Para os empregados com maisde 15 anos de empresa, 1,8 remuneração.