Renan não descarta acordo com oposição, mas diz que maioria decidirá sobre comando da CPI

26/05/2009 - 20h52

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL),sinalizou hoje (26) que ainda há possibilidade de a direção da ComissãoParlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ser dividida entre governoe oposição. No entanto, Calheiros afirmou que o processo legislativo“caminha pela maioria”.“Criar CPIé direito constitucional, direito da  minoria, mas quem vai ser opresidente da comissão é uma decisão que caberá à maioria. O processolegislativo caminha pela maioria”, disse o líder.Numa rápidaentrevista coletiva, o líder peemedebista disse ser favorável a umacordo, mesmo sem deixar claro quais seriam os termos desse acordo.“Defendo e sempre defendi o acordo. Se tivermos um acordo será melhor.Será o menor preço político a se pagar”, argumentou Calheiros,acrescentando que a decisão sobre a presidência e relatoria da comissãosó será tomada a partir de amanhã (27), após a indicação dos membros.Eledisse ainda que a demora em indicar os membros do PMDB ocorre porquetodos estariam interessados em participar das investigações. “Adificuldade maior é convencer quem não será indicado”, afirmou. Renandescreveu qual seria o perfil ideal do representante peemedebistaintegrar a CPI da Petrobras. “É importante que tenhamos na comissãopessoas que representem o partido, que representem a bancada. O PMDB vaicumprir esse objetivo”.Questionado se o PMDB teria lealdade aogoverno na comissão Calheiros respondeu: "[O PMDB tem] lealdade ao país, àPetrobras. É importante que qualquer um que participar dessa comissão,em nome do PMDB ou de qualquer partido, tenha isso em mente”, afirmou.Ele negou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estejainterferindo na decisão dos partidos“O presidente nunca tevepreocupação com os nomes que serão indicados. Ele disse na conversa [deontem] que esse era um papel do Congresso e dos partidos. Ele não querinterferir”, afirmou Calheiros.