Ministro diz que censo vai eliminar casos de servidores que saíram do funcionalismo mas ainda recebem

26/05/2009 - 19h33

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Ministério doPlanejamento vai fazer, a partir de julho, o censo do servidorpúblico para acabar com os casos de pessoas que já deixaram o funcionalismo e continuam recebendo. Segundo o ministro Paulo Bernardo, serão recadastradas mais de 1,2 milhão de pessoas, entre servidores ativos e inativos.Ele disse que alguns órgãos já realizaram seus próprioscensos, isoladamente, numa experiência prévia do cadastramento geral deservidores. “Percebemos que há pessoasque estão recebendo sem estar na máquina pública,pessoas que já saíram, que faleceram. Pessoas que têm,eventualmente, alguma coisa que não está batendo com onosso cadastro original. Então, nós já fizemosajustes pontuais por conta dessa espécie de ensaio. Agora, nósvamos fazer um grande censo de todos os servidores.”Segundo o ministro, o governo federal tem, atualmente, cerca de 538 mil servidores ativos, 370 mil inativos e quase 330 milpensionistas. O ministério deve usar como base a experiência que oInstituto Nacional do Seguro Social (INSS) adotou para orecadastramento dos aposentados, feito entre 2005 e 2007. Os técnicos do instituto vão auxiliar no processo do censo geral. “Nóspretendemos, na seqüência, fazer alguns ajustes, dentro doque precisar fazer”, afirmou o ministro. Paulo Bernardo destacou que o objetivo do censo não é só o de cortardespesas e fazer economia. “É simplesmente pagar aquilo queé devido, pagar o que é justo, o que é correto,e eliminar o que não precisa ser pago.” Ele acredita que, em 60dias, deverá ser concluída a primeira etapa do processo. Aexemplo do que ocorreu no recadastramento do INSS, a pessoa que nãofor localizada vai ser chamada de maneira diferenciada. Será dado um prazo para que o funcionárioatualize seus dados, sob pena de que seu registro seja retirado da folha de pagamento. Para os ativos, o censoserá realizado no próprio local de trabalho. No casodos inativos e pensionistas, o Ministério do Planejamento estápreparando uma campanha de divulgação específica e fará o recadastramento por meiodos bancos pagadores, como a Caixa Econômica Federal e o Bancodo Brasil. “Estamos esperando que, nomáximo em 60 dias, tenhamos respostas de 98% ou 99%”, disse.O ministro participou hoje (26), no Palácio Guanabara, da solenidade de adesãodo governo fluminense ao Programa Nacional de Apoio àModernização da Gestão e do Planejamento dosEstados e do Distrito Federal (Pnage).