Mais produtores de arroz terão acesso a contratos de opção de venda

26/05/2009 - 20h48

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - No mesmo dia em que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)suspendeu leilão de contratos de opção de venda de arroz paracooperativas e produtores do Sul do país, representantes daFederação das Associações dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul(Federarroz) e do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) conseguiramque a estatal fixasse em 20 o limite para aquisição de contratos por produtor ao longo do programa, que deve negociar 900 miltoneladas do cereal este ano. Cada agricultor poderá adquirir até cinco contratos por leilão. “Isso permite que mais produtoresparticipem do programa”, disse Marco Aurélio Tavares,representante do Irga, após participar de reunião com o ministro daAgricultura, Reinhold Stephanes. Somente no Rio Grande do Sul, há 15mil rizicultores. Cada contrato dá ao rizicultor a opção de venderao governo 540 sacas de arroz, equivalentes a 27 toneladas.Deacordo com os representantes do setor, que também se reuniram com opresidente da Conab, Wagner Rossi, o próximo leilão, previsto para a semana que vem, terá, além das 132 mil toneladassuspensas hoje,  mais 30 mil toneladas negociadas. O preço oferecidopor saca é de R$ 30,35.Entre as reivindicações do setorainda não confirmadas, estão a ampliação de todos os prazos depagamento de Empréstimo do Governo Federal (EGF), pegos em março eabril e que começariam a vencer em junho, para 180 dias e adisponibilização de recursos do programa de Aquisição do GovernoFederal (AGF) para os produtores que quiserem vender a produçãopelo preço mínimo no momento da colheita.Para ficar menosvulneráveis às oscilações de preço no mercado interno, osrizicultores também pedem que o governo ajude a divulgar oarroz brasileiro no exterior, abrindo novos mercados. A produçãoestimada para esta safra, de 12,8 milhões de toneladas, estápraticamente igual ao consumo interno, estimado em 12,95 milhões detoneladas. Porém, como já havia cerca de 1 milhão de toneladas deestoque, o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), representante dosetor, afirma que há excedente para exportar. “Temoscapacidade para abrir novos mercados. Assim, não terá problema sevierem importações da Argentina e do Uruguai”, afirmou Heinze. Emrelação à safra passada, a estimativa da Conab para a exportaçãono ciclo atual foi ampliada de 589 mil  para 950 mil toneladas,enquanto as exportações devem diminuir de 789 mil para 500 miltoneladas. Segundo o deputado, o Brasil tem acordos comerciais queobrigam a importação de outros países do Mercosul.