Investimento estrangeiro direto no Brasil deve atingir US$ 2,6 bi este mês, projeta BC

26/05/2009 - 1h54

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A entrada de investimento estrangeiro direto no país deve chegar a US$ 2,6 bilhões neste mês, segundo projeção do Banco Central (BC). Até hoje (26), o valor está em US$ 2,5 bilhões. A previsão do BC para a entrada de investimento estrangeiro direto no país neste ano é de R$ 25 bilhões. As revisões das projeções da instituição serão divulgadas no próximo mês. Em abril, o investimento estrangeiro direto chegou a US$ 3,409 bilhões e ficou dentro da previsão do Banco Central para o mês. No mesmo período do ano passado, esse valor chegou a US$ 3,872 bilhões. “Ingressos expressivos na forma de investimento direto são um sinal de que o investimento estrangeiro está olhando para o país numa perspectiva de mais longo prazo. O investimento estrangeiro direto é um investimento que vem para ficar. Isso gera emprego, desenvolvimento”, disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. “São números que denotam o interesse efetivo pelo país num momento em que se tem uma crise [financeira internacional] dessa dimensão”, acrescentouO investimento estrangeiro em ações negociadas no país chegou a US$ 630 milhões em abril e em maio saltou para US$ 2,365 bilhões até o dia 26, de ingressos líquidos. O investimento estrangeiro em títulos de renda fixa no país somou o ingresso líquido de US$ 66 milhões em abril e neste mês, até hoje, o valor está em US$ 811 milhões.No total, o investimento estrangeiro em ações somou US$ 639 milhões em abril e está em US$ 2,349 milhões neste mês. Segundo Lopes, o investimento estrangeiro em ações e renda fixa foi bastante afetado pela crise financeira internacional, mas agora “tem mostrado uma dinâmica diferente de alguns meses antes”. Segundo o Banco Central, a taxa de rolagem de empréstimos a empresas brasileiras, que estava em 87% em abril, caiu para 22% neste mês, até hoje. Segundo Lopes, algumas empresas preferiram pagar os empréstimos em vez de rolar a dívida.