Defesa Civil vistoria sozinha estação das Barcas pela segunda vez

26/05/2009 - 14h13

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Técnicosdo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio (Crea-RJ)foram impedidos de participar da vistoria de estaçõesdas Barcas, feita hoje (26) na Ilha de Paquetá. Apenastécnicos da Defesa Civil fizeram a inspeção.Ontem (25), os técnicos do Crea-RJ também nãopuderam entrar no barco para a vistoria, sob a alegaçãode que não havia lugar na embarcação.Nestamanhã, não foi apresentada uma justificativa para aproibição, feita pela própria Defesa Civil,segundo o deputado Gilberto Palmares (PT), presidente da ComissãoParlamentar de Inquérito (CPI) da AssembléiaLegislativa do Rio (Alerj), que investiga acidentes e problemas notransporte aquaviário do estado. Ele se recusou a participarda vistoria como forma de protesto. A finalidade é levantarmedidas como altura de píer e nível da água nasestações. “Quempropôs essa vistoria foi a própria CPI e combinamospreviamente com a Secretaria de Transportes que haveria a presençada Defesa Civil e do Crea, que foi negada hoje de formaantidemocrática. Precisamos descobrir de quem veio essaordem”.ASecretaria Estadual de Transportes negou que a ordem tenha vindo dosecretário, Júlio Lopes, embora ele defenda o atualsistema de transporte na Baía de Guanabara.Opresidente do Crea- RJ, Agostinho Guerreiro, disse que esse tipo deconduta é, no mínimo, estranha. “O Crea existeapenas para defender a sociedade com a fiscalização doexercício profissional.”A vistoriade ontem (25) teve que ser parcial na estação da Praça16, porque a concessionária Barcas S/A não tinha aplanta das áreas de embarque e desembarque para orientar ostécnicos da Defesa Civil. Segundo odeputado Gilberto Palmares, esses impedimentos tornam as vistoriaspouco confiáveis. Para ele, serão necessáriasinspeções mais profundas, que só serãopossíveis com o uso dos mapas das estações e aparticipação de representantes do Crea e da Alerj. A equipeda Agência Brasilprocurou a assessoria de comunicação da Defesa Civil,mas não obteve resposta até o fechamento da matéria.