Especialistas discutem construção de grandes barragens e desenvolvimento sustentável

25/05/2009 - 18h10

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Especialistas estarão reunidos de hoje (25) até a próxima sexta-feira (29), em Brasília, para discutir formas de construir barragens de maneira sustentável, no 23º CongressoInternacional sobre Grandes Barragens.Estarão em debate a energia elétrica,o assoreamento em reservatórios, além de melhorias e segurançanas barragens. O congresso é organizado pela organizaçãonão-governamental internacional Comitê Internacional deGrandes Barragens (ICOLD), uma instituição, com comitêsem vários países, que promove estudos sobre barragens de grande porte.Edilberto Muerer, presidente do ComitêBrasileiro de Barragens – ligado à ONG – explicou que o objetivo do evento é promover a troca de experiências entre os vários especialistas da área. “O que se esperaobter desse evento é um grande intercâmbio tecnológicoentre os técnicos de vários países aqui presentes,discutindo cada um dos temas e obtendo informações queserão passadas para outros técnicos”, disse. O engenheiro da AgênciaNacional de Águas (ANA) e membro do comitê brasileiro, RogérioMenescal, disse que hoje é possível construir grandesbarragens sem agredir fortemente o meio ambiente e sem causar tantos problemas para as populaçõesque vivem próximas ao local do empreendimento.“É uma obra, éuma intervenção física. Há um impactovisível e isso não pode ser omitido, mas as açõesmitigadoras compensam esse impacto e, em alguns casos,acabam revertendo os impactos negativos para um impacto positivoporque vai haver melhoria da qualidade de vida das populações”,afirmou Menescal.De acordo com o engenheiro, entre os exemplos deações mitigadoras, pode-se citar a destinação de parte do terreno próximo ao reservatório para a criação de uma reserva de área ambiental; a construção de escadas de peixes para que espécies migratórias subam o rio em determinada época do ano; além demedidas de apoio social às comunidades que vãocontinuar na região.