Feirão da Caixa oferece cerca de 110 mil imóveis em São Paulo

21/05/2009 - 16h35

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - As pessoas interessadas em comprar imóveis em São Paulo têm quatro dias para visitar o 5º Feirão Caixa da Casa Própria, no Centro de Exposições Imigrantes, na capital paulista. No evento, realizado pela Caixa Econômica Federal,  serão oferecidos cerca de 110 mil imóveis, na capital e nas cidades da Grande São Paulo. Desse total, 42.556 são novos ou em construção e 67.400 são usados.A expectativa da Caixa é de que 150 mil pessoas visitem o evento e de que haja um aumento de 10% na realização de negócios em comparação com o ano passado, quando foram encaminhados 21.500 vendas, com volume de recursos de R$ 1,4 bilhão. Os financiamentos atendem a todas as faixas de renda.Para dar maior segurança ao comprador a Caixa fechou uma parceria com a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg) e a Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo (Arisp). Dessa maneira, o comprador poderá consultar a situação do imóvel que está comprando ou que pretende comprar, já que a matrícula estará disponível online, gratuitamente, como o certificado digital que for emitido. Aqueles que não comprarem o imóvel no feirão poderão obter uma carta de crédito que será válida por 180 dias.Segundo o gerente regional de Habitação da Caixa, Nédio Rosselli, todos os imóveis novos estão avaliados pelo banco estatal, que os financia, e têm garantia de que são legais. Portanto, não há problemas nesse caso. Entretanto, os imóveis usados são oferecidos pelos parceiros da Caixa e necessitam de maiores cuidados na aquisição. “É sempre bom verificar a matrícula do imóvel, se há algum ônus, se o imóvel está registrado, se está penhorado.”Ele esclareceu que os imóveis que ainda estão ocupados são aqueles que foram retomados pela Caixa por falta de pagamento. De acordo com Rosselli, nesses casos as questões jurídica e de engenharia estão regularizadas, mas parte deles ainda está ocupada ou pelo antigo mutuário ou por um inquilino. “Mas esse tipo de caso é o mínimo que temos aqui no feirão. São cerca de 800 imóveis nessa situação”. Todos os interessados em comprar um imóvel serão atendidos por um corretor credenciado e o contrato será amplamente analisado por um técnico da Caixa, o que dá garantias ao comprador.Rosselli explicou ainda que a taxa de juros cobrada para o financiamento varia de acordo com o salário do comprador e o valor do imóvel. “Quando a pessoa não tem nenhum imóvel e ela tem faixa salarial até R$ 10 mil, a taxa de juros varia de 4,5% até 8,16%, por exemplo”. Para adquirir imóveis pela Carta de Crédito FGTS a renda do trabalhador não pode ser maior do que R$ 4.900 e o valor do imóvel deve ser de até R$ 130 mil para as regiões metropolitanas.Para os imóveis do programa Minha Casa Minha Vida a renda máxima familiar é de R$ 4.650, com pagamento em até 30 anos. Os clientes que não estão enquadrados na Carta de Crédito FGTS podem financiar pela Carta de Crédito da Caixa, em limite máximo de renda ou de valor para o preço do imóvel. Nesse caso, o interessado pode financiar mesmo que já possua outro imóvel.