Empresários turcos visitam o Brasil depois de viagem de Lula

21/05/2009 - 9h47

Aziz Filho
Repórter da Agência Brasil
Istambul (Turquia) - Uma comitiva de 200empresários turcos deve visitar o Brasil neste semestre, paraparticipar de um evento em São Paulo. O primeiro-ministroRecep Tayyip Erdogan também manifestou intençãode visitar o Brasil em 2009, aproveitando a realizaçãode mais uma conferência da Aliança das Civilizações.Esse é um dosresultados do Seminário Empresarial Brasil-Turquia, que opresidente Luiz Inácio Lula da Silva encerra hoje (21) emIstambul. O evento reuniu 150 turcos e 40 brasileiros no PalácioCiragan, às margens do Canal do Bósforo, construídono início do século 18 pelo ImpérioOtomano.A informaçãoé do ministro do Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior, Miguel Jorge. Para ele, as relações com aTurquia estão “aquém do possível”. Ele citoucomo exemplo o fato de a Turquia comprar carne e frango brasileirosda Síria. “Essa viagem foi importante por abrir as portas.Comércio exterior se faz assim, com muita visita, conhecendoum ao outro. Por que não vendíamos carnediretamente para os turcos?”, afirmou o ministro.O esforço dacomitiva brasileira é incrementar o comércio com aTurquia, que ocupa o 51º lugar no ranking dos parceiroscomerciais do Brasil, apesar de estar entre as 20 maiores economiasdo mundo.Além de ampliaro mercado turco para os produtos brasileiros – especialmente nasáreas de infraestrutura, petróleo, aviões ealimentos – o governo brasileiro vê o país como umaponte estratégica para aumentar o comércio com ospaíses ao sul da Rússia, integrantes da antiga UniãoSoviética, como a Ucrânia e o Cazaquistão.Lula segue amanhã(22) para a capital da Turquia, Ancara, onde tem encontro com opresidente Abdullah Gül. O presidente e o primeiro ministro sãodo AKP, o partido islâmico vitorioso nas duas últimaseleições. Em Ancara seráratificado o acordo da Petrobras com a TPAO, estatal turca, para aprospecção de petróleo no Mar Negro. As duasempresas contrataram durante três anos uma sonda norueguesa porUS$ 630 milhões. A Petrobras arcará com R$ 520 milhões.A estatal turca, que pagará US$ 110 milhões, usaráo equipamento por seis meses.